Tendo a fábrica de Mladá Boleslav produzido automóveis todo-o-terreno inteiramente desenvolvidos por si, poderá interrogar-se o leitor porque razão terá o semlimites elegido o Trekka para este post. Por uma razão muito simples - é que o Trekka e o Yeti, embora separados por mais de 40 anos de história, partilham duas características comuns: ambos assentam numa plataforma Octavia e ambos são locomovidos por motores idênticos aos usados nas berlinas de que derivam [embora no Yeti esta última característica só se aplique a alguns dos propulsores].
O Trekka foi desenvolvido pela Phil Andrews’ Motor Lines em meados dos anos 60, uma empresa que se dedicava à importação de Skodas na Neo Zelândia, acabando por vir a ser produzido, a partir de 1966, pela Motor Holdings. A mecânica do ‘jipe’ era importada em kits provenientes da Checoslováquia, adquiridos a baixos preços.
Gozando de um elevado sucesso, não só pelas suas excelentes características, mas também pelas restrições à importação impostas pelo Estado neo-zelandês, o Trekka chegaria até a ser exportado para diversos países, nomeadamente para a Austrália e para a Indonésia. Contudo, com a posterior abertura às importações, a modernizada concorrência japonesa acabaria por fazer esmorecer aquele que foi o único construtor automóvel sediado na Nova Zelândia. Um construtor cujo sucesso ficará eternamente ligado à marca da Seta Alada.
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