Com o WRC - a categoria rainha dos ralis - a viver momentos de decadência, o IRC ganhou uma importância e, sobretudo, uma competitividade invejáveis. Neste contexto, a entrada da Skoda neste campeonato não podia ter sido mais oportuna. A estreia, no mítico Rali de Monte Carlo, foi disso prova inalienável. Os carros da Seta Alada provaram ser muito rápidos e consistentes, dando mostras de uma boa fiabilidade, sobretudo se tivermos em conta o facto desta ter sido a primeira prova em que participaram [registando-se apenas algumas falhas na direcção assistida do carro de Kopecky/Steyr]. Por outro lado, as equipas de pilotos e navegadores escolhidas também provaram ter sido muito bem seleccionadas pelos responsáveis da casa de Mladá Boleslav, ao darem mostras de prestações de topo.
Juho Hanninen referiu mesmo que, enquanto liderou o rali, nem sequer teve necessidade de conduzir nos limites. Só depois do furo que o atirou para o 3º lugar, o piloto finlandês passou a atacar com adrenalina máxima. Infelizmente, a sua estratégia, jogada em estradas muito escorregadias cobertas de gelo e neve, revelou-se demasiado arriscada, com o bólide nº 3 a terminar a prova fora de estrada. Ainda assim, o balanço da prestação da dupla de Juho e Mikko foi muito positivo: nas 9 especiais em que participaram nunca sairam do top 3 da geral [mantendo-se em 1º durante 7 troços], sendo mesmo os mais rápidos do pelotão em 3 dos percursos terminados.
Já Kopecky e Steyr, devido à perca de assistência da direcção logo no primeiro troço, viram-se obrigados a fazer uma corrida de trás para a frente, sendo muito eficazes na persecução dos seus objectivos. No final da SS1 ocupavam o 24º posto, na segunda especial eram 16º, entre os terceiro e quinto troços andaram no 10º lugar da geral, nas três especiais seguintes subiram um lugar em cada uma, mantendo ou subindo sempre a sua posição em todos os troços até ao final, em que conquistaram o 4º lugar. Nas 14 especiais de Monte Carlo obtiveram 5 lugares no ‘pódio’, chegando mesmo a vencer um dos troços. No final, Kopecky reconheceu não ter querido entrar numa luta acérrima pela 3ª posição nas últimas especiais, preferindo garantir a sua posição com uma condução segura, o que lhe garantiu 5 pontos no campeonato, logo na prova inaugural.
Feitas as contas, mesmo com o azar da saída do carro de Hanninen e Markkula, foi uma estreia muito auspiciosa para o S2000 da marca da Seta Alada.
Saiba mais em: www.ircseries.com / www.acm.mc [foto extraída da galeria do sítio do IRC /
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