Já se esperava que a apresentação oficial do «MissionL» fosse relativamente parca em detalhes sobre o automóvel. Contudo, o Engº Eckhard Scholz - Diretor do Departamento de Desenvolvimento Técnico - acabou por ser mais específico que o próprio Presidente da Skoda, adiantando os primeiros detalhes sobre os conceitos gerais e o perfil tecnológico genérico do automóvel.
Segundo este dirigente, numa altura em que a vida das pessoas se tornou particularmente complexa, há um crescendo de clientes que procuram opções muito claras e diretas para os seus ensejos, no que diz respeito a automóveis. Neste sentido, o «MissionL» foi especificamente desenvolvido para dar resposta a um setor de mercado particularmente exigente e focado naquilo que é realmente importante. É por esta razão que, tal como revelado pelo Engº Scholz, o «MissionL» tem um desenho tão depurado e preciso, resultando numa saudável simbiose entre emoção e racionalidade. Por outro lado, foi desenvolvido com uma «engenharia que faz sentido» - preparada para dar resposta cabal às necessidades e às aspirações reais das pessoas.
Para lá deste intróito concetual, o Diretor Técnico da Skoda adiantou ainda que o automóvel rondará os 4.50 m de comprimento, terá um espaço interior referencial para a classe de veículos compactos - tanto para passageiros, como para bagagens [a mala terá capacidade superior a 500 l] -, e será dotado com motores a gasolina e gasóleo com desempenho referencial em termos ambientais [suspeitamos que, na europa, a gama tenha como base os competentes 1.2 TSI e 1.6 TDI]. Por outro lado, há ainda que mencionar a utilização de opções tecnológicas fiáveis e robustas, a par da dotação do automóvel com elevados padrões de segurança.
Numa tónica mais especulativa, e daquilo que nos é dado ver através das imagens publicadas, parece-nos que o «MissionL» de produção deverá vir equipado com jantes de menor raio, ganhará uma distância ao solo um pouco mais folgada, terá puxadores de porta convencionais e dificilmente será dotado com um tão generoso teto panorâmico. Por outro lado, a iluminação de led's afigura-se ainda como uma incógnita, embora a sua utilização se esteja progressivamente a banalizar. No demais, a passagem à produção do automóvel parece bastante plausível, podendo, contudo, sofrer um ligeiro 'amaciar' nos vincos da carroçaria, por força das questões técnicas e de custos associados a estas opções estéticas.
No que concerne a interiores, o protótipo tem um tabiê particularmente sóbrio e elegante, onde imperam a depuração e o bom gosto - fugindo com particular eficácia à 'cacofonia' de curvas desmedidas (normalmente polvilhadas com uma salada de botões de utilidade duvidosa), que se tornou moda balofa no setor automóvel. Também aqui, e para lá de expetáveis diferenças em termos de opções cromáticas, de materiais, de comandos e de auto-rádios, a similaridade face à versão de estrada parece ser bastante provável. Por outro lado, suspeitamos que os bancos dianteiros da versão de produção venham a ter alguma familiaridade, pelo menos em termos de desenho, com aqueles que se estrearão no citadino que a marca irá apresentar em finais de outubro, princípios de novembro [data agora ventilada na comunicação social checa]. Ou seja, parece-nos plausível que em ambos os casos os apoios de cabeça façam parte do próprio encosto, não se assumindo como elementos autónomos, com acontece, por exemplo, nos bancos traseiros do automóvel, cujas formas parecem já 'retiradas' das linhas de produção.
E para já é tudo o que sabemos sobre o «MissionL». Mas continuaremos alerta...
[fotos: Auto.cz | extraídas de: www.auto.cz]
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