Entrevista realizada por Markus Efler e Susanne Frank, da Focus
[Alemanha], ao Prof. Winfried Vahland, Presidente Executivo da Skoda
Auto. Publicada originalmente na rede em 21 de setembro e traduzida livremente, com
recurso às ferramentas do Google, pelo semlimites.
Focus: A Skoda é a marca do Grupo
Volkswagen com planos mais ambiciosos: como será possível duplicar
as vendas de 760.000 para 1.5 milhões de automóveis em 2018?
Prof.
Winfried Vahland: Em abril fez 20 anos que pertencemos ao Grupo
[VAG], tendo estado maioritariamente focados na europa, um mercado
confinado a um crescimento moderado. Uma vez que queremos crescer,
temos que nos tornar mais internacionais. O potencial é enorme
quando olhamos para exemplos como a China. Apenas 4 anos depois de
termos entrado naquele mercado, vendemos hoje mais de 180.000
automóveis [por ano]. E na Rússia planeamos produzir com o
fabricante local Gaz. Nos últimos 8 anos venderam-se 1.7 milhões de
carros na Rússia. Hoje esse número poderá andar perto dos 4
milhões.
F: Os clientes da europa ocidental
preferem hatchback's, como o protótipo «VisionD» apresentado em
Genebra, mas os europeus de leste e os chineses gostam mais de
berlinas notchback clássicas. Como pretende conciliar estas
preferências?
WV: Nós não
precisamos de um automóvel mundial que seja igual em todo o lado - isso funciona bem para fabricantes de luxo. Nós, porém, precisamos
de vender automóveis que sejam especificamente preparados para cada
mercado. Contudo, haverá um denominador comum em todos os modelos:
serão ligeiramente maiores [que a concorrência] e oferecerão
imenso espaço – que é algo que os asiáticos valorizam bastante.
F: A utilização de tecnologia VW e
Audi, conjugada com mais espaço e preços inferiores contribuiu para o sucesso da Skoda. Por este motivo, o Presidente Executivo [do Grupo
VAG] Martin Winterkorn quer desacelerar-vos um pouco. Os clientes
Skoda serão brindados com menos qualidade?
WV:
Quem disse uma coisa dessas?! O Sr. Winterkorn está muito satisfeito
com o nosso sucesso. A Skoda não é, nem será, uma marca barata,
porém o nosso posicionamento global permanecerá atrás da VW. Que
fique muito claro: nós sempre oferecemos um excelente value for
money, e assim permaneceremos!
F: Ainda assim, alguns clientes em vez de comprarem um Skoda mais caro, mas provavelmente similar a um Volkswagen,...
F: Ainda assim, alguns clientes em vez de comprarem um Skoda mais caro, mas provavelmente similar a um Volkswagen,...
WV: A canibalização entre a VW e a
Skoda é atualmente muito baixa. Algumas pessoas poderão trocar um
VW usado por um Skoda, e dessa forma permanecer no Grupo, em vez de
escolherem outra marca diferente. Por fim, o Grupo [VAG] vive de
muitas marcas. A Skoda incorpora o Grupo, mas o Grupo também precisa
da Skoda.
F: A gama de modelos existente é suficiente para os vossos ambiciosos planos?
F: A gama de modelos existente é suficiente para os vossos ambiciosos planos?
WV: Com o Fabia,
o Roomster, o Octavia, o Superb e o Yeti temos já cinco modelos, mas
vamos expandir a gama rapidamente. No próximo ano teremos uma
berlina compacta que é particularmente adequada aos mercados
internacionais. Antes do final de 2011 apresentaremos um citadino
mais pequeno que o Fabia: um automóvel de 4 lugares com imenso
espaço.
F: Que novos tipos de clientes têm em vista para os novos carros?
F: Que novos tipos de clientes têm em vista para os novos carros?
WV: [No caso do citadino] muitos serão
clientes Skoda à procura de um pequeno carro. Nós temos uma
elevadíssima taxa de fidelidade, já que mais de 60% dos nossos
clientes se mantêm fiéis à marca. Por isso propomos este carro
para, por exemplo, pais que pretendam comprar aos seus filhos um
primeiro automóvel. Ou para clientes Skoda que pretendam adquirir um
segundo carro acessível. Ou ainda para pessoas que residem em
apartamentos e se confrontam com pouco espaço de estacionamento.
Estamos a falar, sobretudo, de clientes jovens e de senhoras, já que
o automóvel foi pensado para a europa.
F: Pretende construir automóveis na China? Em que local?
F: Pretende construir automóveis na China? Em que local?
WV: A Volkswagen tem uma joint-venture
com a SAIC. Nós já produzimos Skodas em Xangai, numa fábrica
conjunta.
F: Até agora, a Skoda produziu maioritariamente na República Checa. Fará isto sentido, dado o crescente fortalecimento da coroa checa face ao euro?
WV: Absolutamente. Contudo, a introdução do euro na República Checa seria ainda mais benéfica para nós.
F: Então a vantagem reside em salários mais baixos, face àqueles que se praticam na Alemanha?
F: Até agora, a Skoda produziu maioritariamente na República Checa. Fará isto sentido, dado o crescente fortalecimento da coroa checa face ao euro?
WV: Absolutamente. Contudo, a introdução do euro na República Checa seria ainda mais benéfica para nós.
F: Então a vantagem reside em salários mais baixos, face àqueles que se praticam na Alemanha?
WV: Os custos do trabalho ainda vão sendo
mais baratos na República Checa [do que na Alemanha]. A sua quota no custo de um
automóvel não pode ser subestimada. Contudo, a produtividade é um
fator, no mínimo, tão importante. E é exatamente aí que estamos
concentrados, mesmo na República Checa.
Mais informações em: www.focus.de
[foto extraída de: www.auto.dziennik.pl]
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