Peter Sudeck tinha passado toda a sua vida activa ao serviço da Volkswagen, até conhecer Pavel Vesely e a sua equipa, em 1992. Vesely, era um alto dirigente nas fábricas da marca alemã, sendo um advogado de nomeada. O facto de Sudeck falar fluentemente checo, língua que aprendera em Theresienstadt, permitiu-lhe acompanhar aquele alto dignitário da VW durante o período de transição pelo qual a Skoda passou, após a aquisição da marca. Vesely ficara particularmente impressionado como um judeu que sofrera na pele as maleitas de um regime totalitário se prontificara para mergulhar numa empresa ainda sufocada pelas entropias de outro. Para Peter Sudeck, a razão para tal era simples: «isso permitia identificar-me com a Skoda da mesma forma que os checos o faziam». Não estranha, por isso, que tenha sido prontamente convidado a assumir as funções de responsável pela Qualidade da marca checa. Aceitou e apaixonou-se, rapidamente e para sempre, pelos encantos da Seta Alada.
Passados 18 anos, Peter Sudeck recorda bem o ambiente que fora encontrar em Mladá Boleslav: «das 44.000 coroas checas que lucravam da construção de cada Favorit, o Estado só permitia que a Skoda usufruísse de 500, o que não era suficiente, sequer, para mandar pintar as paredes da Fábrica». Impelido a participar na recuperação de um ícone da indústria automóvel, Sudeck embrenhou-se na história da marca e aprendeu muito com o seu passado. Em entrevista a Jens Katemann, da Auto Motor und Sport, Peter Sudeck explicou que o nome Octavia, que agora festeja o seu 50º aniversário, advém do facto do modelo corresponder à oitava variante operada sobre a mesma base mecânica, já que, durante um determinado período de tempo, a implementação da Economia Planificada exigira à fábrica que cada novo modelo lançado não ultrapassasse a quota de 20% de novos componentes. Fora por esta razão que o primeiro Octavia não recebeu uma suspensão traseira totalmente independente, tal como era desejo do Departamento Técnico da marca.
Passados 18 anos, Peter Sudeck recorda bem o ambiente que fora encontrar em Mladá Boleslav: «das 44.000 coroas checas que lucravam da construção de cada Favorit, o Estado só permitia que a Skoda usufruísse de 500, o que não era suficiente, sequer, para mandar pintar as paredes da Fábrica». Impelido a participar na recuperação de um ícone da indústria automóvel, Sudeck embrenhou-se na história da marca e aprendeu muito com o seu passado. Em entrevista a Jens Katemann, da Auto Motor und Sport, Peter Sudeck explicou que o nome Octavia, que agora festeja o seu 50º aniversário, advém do facto do modelo corresponder à oitava variante operada sobre a mesma base mecânica, já que, durante um determinado período de tempo, a implementação da Economia Planificada exigira à fábrica que cada novo modelo lançado não ultrapassasse a quota de 20% de novos componentes. Fora por esta razão que o primeiro Octavia não recebeu uma suspensão traseira totalmente independente, tal como era desejo do Departamento Técnico da marca.
Feito Skodista de corpo e alma, Sudeck aplica então toda a sua paixão na aquisição, restauro e manutenção de clássicos. Em 2000, adquire um Octavia de 1963 ao Dr. Hoffmann, de Weimar – que trabalhara numa empresa de maquinaria agrícola - e que só se desfizera do seu antigo automóvel para comprar um novo, na estrita condição de que o carro da sua vida ficasse em boas mãos. Em boa verdade, não poderia ter ficado em melhores. Em 2003, durante o Salão de Leipzig, Peter Sudeck convidou o Dr. Hoffmann a visitar o stand da Seta Alada. Foi com as lágrimas a correrem pela face que foi encontrar o seu convidado junto ao velhinho Octavia de 63, a brilhar pleno de garbo ao lado de um modelo da última geração.
Reformado em 1998, e com tempo para se dedicar em pleno à sua paixão, o antigo Director do Departamento de Qualidade da Skoda Auto regressou definitivamente a Wolfsburgo. Agora, ao mostrar o magnífico recheio da sua garagem à Auto Motor und Sport, Peter Sudeck irradia orgulho pelo seu invejável espólio. E, como profundo conhecedor do mundo automóvel que é, relembra com saudade o bom trabalho desenvolvido com os seus colegas de Mladá Boleslav. «Os engenheiros checos estão ao nível dos melhores do mundo», acrescenta. Entre outros, os seus Skoda 645, de 1930, Popular Roadster, de 1936, ou Octavia, de 1963, são a melhor prova disso mesmo. Ou não tivessem sido submetidos à minuciosa apreciação de um especialista em Qualidade.
Mais informações em: www.auto-motor-und-sport.deReformado em 1998, e com tempo para se dedicar em pleno à sua paixão, o antigo Director do Departamento de Qualidade da Skoda Auto regressou definitivamente a Wolfsburgo. Agora, ao mostrar o magnífico recheio da sua garagem à Auto Motor und Sport, Peter Sudeck irradia orgulho pelo seu invejável espólio. E, como profundo conhecedor do mundo automóvel que é, relembra com saudade o bom trabalho desenvolvido com os seus colegas de Mladá Boleslav. «Os engenheiros checos estão ao nível dos melhores do mundo», acrescenta. Entre outros, os seus Skoda 645, de 1930, Popular Roadster, de 1936, ou Octavia, de 1963, são a melhor prova disso mesmo. Ou não tivessem sido submetidos à minuciosa apreciação de um especialista em Qualidade.
[fotos: Stephan Lindloff / Auto Motor und Sport ]
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