Quase que nasci dentro de um Skoda. Uma carrinha Octavia Super, vermelha e de linhas arredondadas que era quase um best seller na cidade. Foi o meu primeiro carro. Cresci a passear no velho Octavia e uns dias antes do meu avô falecer, ofereceu-me o automóvel da sua vida - a Skoda Octavia Super.Fez voltas inteiras a Portugal sempre com a família em divertidos passeios. Todos os dias levava o meu avô João para o trabalho ou para as lides do campo. Tanto levava 5 adultos e três crianças (não existia limite para passageiros) como sacos de batatas ou cestos da vindima.
Automóvel fiável e robusto, nunca deixou o meu avô ficar mal. Quinhentos escudos de gasolina normal enchia o depósito. Bastava rodar a chave e a Octavia fazia-se à estrada pronta para o trabalho ou para o lazer.
De tantas memórias, lembro-me de quando iamos na fila de um casamento e a Skoda desligou-se. Parou a noiva, pararam os convidados e o meu avô sai descontraido do Skoda com um barrote, abre o capô e dá duas pancadas no motor de arranque. A Octavia nunca mais se foi abaixo!
Tem hoje mais anos do que eu. É a minha reliquia. Em cada peça do motor, em cada botão do habitáculo, em cada pedaço de chapa estão afectos e a história da minha vida.
Skoda? É uma forma de vida!
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