Uma Família Feliz

Quando o Fabia foi lançado, em 2000, poucos seriam os que acreditavam nas potencialidades deste novo modelo da Skoda. Mas a verdade é que havia muitas e boas razões para que o Fabia vencesse e os resultados não tardaram em chegar. O Fabia estreava a plataforma PQ24, o que lhe garantia não só um chassis muito equilibrado como também uma habitabilidade referencial; o rigor de montagem e a qualidade dos materiais tinham sido elevados para níveis desconhecidos no segmento dos utilitários, e uma gama alargada de motorizações atraía clientes com gostos e necessidades muito variadas. Estava aberta a porta para o sucesso e o Fabia arrecadou de imediato uma vasta colecção de prémios atribuídos pela imprensa especializada.

Mais tarde, a série seria alargada a uma Combi, um Sedan e uma variante desportiva denominada RS, modelos pouco comuns no segmento, mas que provaram ser uma boa aposta, cativando clientes normalmente associados a outras franjas de mercado.

Não fosse o preconceito que muitos ainda tinham em relação à marca, sobretudo nos países da Europa Ocidental, e o sucesso tinha sido ainda maior. Agora, em final de carreira, a 1ª geração do Fabia sai de cena em grande, como o provam as vendas em alta – note-se que 2006 foi o ano em que se venderam mais automóveis desta gama ao longo dos seus 8 anos de produção. Mais, o legado que deixa à nova geração que o substitui não se fica por um nome de sucesso, mas alarga-se à herança de muitos componentes (chassis, motores, módulos e peças diversas) que fizeram deste carro o enorme êxito que se lhe reconhece.

Alguns Fabias vendidos em Inglaterra – país onde a marca era até há poucos anos vítima das mais cruéis anedotas e onde tem, justamente, conquistado um fulgurante prestígio - traziam um autocolante aplicado no vidro de trás que resumia de forma clarividente as proezas do modelo: «Oh No! Another Great Skoda!».

Na hora da partida, preste-se a homenagem devida aos Fabias da 1ª geração: uma Família de Sucesso, uma Família Feliz.

[Foto: Skoda-Auto]