Pouco tempo depois de se encerrarem as portas do Salão de Genebra, a revista checa «AutoDesign & Styling» entrevistou Jozef Kaban – o homem responsável pela coordenação do departamento de desenho da Škoda Auto. Por seu turno, o sítio «Auto.cz» fez uma espécie de teaser da entrevista, com a publicação de três conjuntos de perguntas e respostas, convidando, então, à compra do referido periódico. E nós, por fim, tendo tido conhecimento do artigo da «Auto.cz», recorremos às ferramentas de tradução do «Google» e ensaiámos uma tradução livre desse trecho de preciosidades. E pela amostra do revelado, trata-se de uma entrevista memorável...
AutoDesign & Styling: Porque razão optaram, por ocasião da apresentação da nova morfologia da marca, por um hachback de 5 portas?
Jozek Kaban. Por uma razão simples: queríamos introduzir um novo design para o nosso sítio da internet e queríamos fazê-lo com algo que já fizesse parte do nosso portefólio, independentemente do protótipo representar ou não um modelo específico - de forma a evitarmos debates desnecessários. Eu queria formalizar a nossa nova linguagem de design, que nos revela um futuro relativamente próximo, e era igualmente importante que o concept funcionasse mesmo. Por fim, mas não menos importante, se pensarmos no design como se de moda se tratasse, podemos dizer que o carro tem vestidas as caraterísticas mais apropriadas para a ocasião. E este foi também um dos aspetos tidos em conta.
AD&S: O novo design revela muitas arestas e transições vincadas. Supomos que neste aspeto o protótipo é um pouco exagerado e que a passagem à produção se revelará mais moderada. Ou será precisamente o contrário e o «Vision D» é apenas um primeiro passo?
JK: De um modo genérico, penso que as arestas podem ser bastante vincadas sem serem arrogantes ou dominantes. Contudo, tal não significa que arestas idênticas às do «Vision D» venham a fazer parte de todos os nossos automóveis. Quando se cozinha com ingredientes frescos, é bom saber dosear o sal em função desses ingredientes, para que o resultado seja o desejado. E isso depende da combinação de muitas coisas. Cada um dos nossos automóveis será ligeiramente diferente dos restantes no que concerne ao acentuar ou à suavização dos limites, adequando-se caso-a-caso. A Škoda tem genes muito fortes em termos racionais, mas eu quero mais sentimento nos nossos carros. [No «Vision D»] a acentuação e a suavidade das linhas foram utilizadas para tornar o carro simultaneamente tão agradável e robusto quanto possível. Por outro lado, as linhas vincadas remetem para a qualidade.
AD&S: No «Vision D» não existe [ndr: uma superfície vidrada à frente, em forma de] 'cockpit', que é um elemento importante em diversos modelos da Skoda. Planeiam utilizá-la no futuro?
JK: O Fabia e o Yeti são exemplos de como, graças a este simples elemento, se podem criar designs extremamente interessantes e originais. Neste sentido, essa caraterística estará na nossa perspetiva. No protótipo «Vision D» concentrei-me sobretudo na aparência geral e na forma como o nosso design evoluirá, sem ter que me preocupar com grandes detalhes. Talvez os nossos automóveis possam vir a ter outras caraterísticas distintas, mas para mim, neste caso, o que era importante era que a marca permanecesse reconhecível e que o protótipo fosse apelativo para um largo espetro de pessoas, sem deixar de ter um caráter próprio. O mainstream não pode ser algo sem alma – toda a gente sonha com um automóvel atrativo.
Mais informações em:
[foto: Skoda Auto]
Sem comentários:
Enviar um comentário