Numa altura em que ter um Škoda era quase um 'crime' público, a rua onde eu vivia foi brindada com um novíssimo e muito charmoso Octavia 1.6i GLX. Para além desta berlina, só havia mais um exemplar da marca da Seta Alada a ‘residir’ numa avenida com cerca de meio milhar de metros de comprimento - uma Felicia Combi que, salvo erro, era propriedade da mesma Família.
Em boa verdade, nessa época, ver um Škoda a rolar em Lisboa era quase tão difícil como encontrar uma agulha num palheiro. E quando podíamos rejubilar com o vislumbre de uma Seta Alada, tratava-se invariavelmente de um Felicia ou de um Favorit.
Datado de Abril de 1998, o pioneiro Octavia retratado neste post contempla ainda o tablier original com que este modelo veio ao mundo, com a iluminação dos instrumentos a vermelho. O seu estado geral de conservação é muito bom, volvidos quase 11 anos, prova inequívoca da robustez típica da marca e de como o tempo passa ao lado dos automóveis made in Mladá Boleslav.
Uns meses mais tarde, em Março de 1999, foi a vez da minha Família ser coroada com um Octavia, desta feita uma lindíssima Combi 1.6i SLX, cinzenta antracite. Já vinha equipada com o então novíssimo painel de bordo, dotado com um design mais apelativo e iluminação nocturna a verde, que viria a ser tão característico deste modelo eterno. Um automóvel belíssimo que nos proporcionou muitas alegrias e nos deixou muitas saudades.
A Avenida da Ilha da Madeira tornara-se então num oásis, sendo, à época, uma das ruas com mais Škodas por m2 da Capital. Um paraíso no qual tivemos o privilégio e o orgulho de participar.
[foto: joão]
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