sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A Memória [IIIª Parte]

Há quem defenda que os automóveis têm perdido o encanto. Com a absorção das marcas pelos grandes grupos de construtores de automóveis, fruto da globalização ou de um capitalismo do século XXI, começa a ser difícil distinguir ao primeiro olhar o modelo x do modelo y.

No século passado as marcas de automóveis eram muito autónomas, orgulhosas de si, com a sua própria personalidade, ou seja, "carimbavam" a sua marca de água em todos os componentes.

Hoje existem imensas oficinas, o comércio de peças é global, a tecnologia chegou aos fatos de macaco, a electrónica comanda, os sistemas de segurança e ambientais são cada vez mais rigorosos, as garantias dilatam, as assistências em viagem são moda e até pode ir às compras e deixar o seu carro num "instituto de beleza."

Quase nenhum condutor se atreve a abrir o capô. Muitos só se limitam a conduzir. E até mesmo a fatídica mudança do pneu furado está em vias de extinção.

Os fabricantes ainda nos facultam o macaco, o triângulo mais o colete, porque é obrigatório. Longe vão os tempos em que a bagageira trazia quase tudo para desempenar o automóvel. Longe vão os tempos em que o condutor tinha umas luzes de mecânica.

E a Skoda estava sempre na vanguarda, pronta para ajudar um cliente mais aflito.

A imagem fala por si!

[foto: Adriano Miranda]

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