O Škoda Rapid está a chegar e, fazendo a ponte entre o Fabia e o Octavia, representa acutilantes argumentos no muito concorrido segmento dos automóveis compactos. Porém, e mesmo que a marca o desvalorize, há que contar com a concorrência interna, pelo que importa saber o que vale o Rapid face aos seus irmãos maior e mais pequeno. O «Auto.iDNES.cz» ajuda-nos a esmiuçar esta questão, levando a cabo um interessante comparativo entre estas 3 gamas de automóveis propostas pelo construtor de Mladá Boleslav.
Assim, e sem querermos aqui substituir-nos à leitura do trabalho desenvolvido Roman Švidrnoch, parece-nos que as principais ilações a tomar da prova são as seguintes:
- O Rapid é, de facto, e não apenas pelo seu posicionamento comercial ou pelas suas maiores dimensões, um automóvel inequivocamente superior ao Fabia, em praticamente todos os domínios;
- Quanto ao Octavia, o panorama é distinto. Não há dúvida que no que toca a espaço interior ou à capacidade da mala, para dar apenas dois exemplos, o Rapid não fica muito longe do seu irmão maior - ousando até oferecer mais folga para as pernas dos passageiros traseiros. Porém, no computo geral, o Octavia faz-se valer da maior sofisticação do seu chassi - com vias mais largas e uma suspensão traseira multi-braços -, para garantir um comportamento dinâmico superior em situações limites, a par de um conforto de rolamento mais elevado. Por outro lado dispõe de uma mais apurada ergonomia e de uma construção pautada por materiais mais requintados e agradáveis ao toque - ou não se tratasse de um automóvel do segmento superior, gozando do luxo de poder oferecer soluções de fabrico mais caro. Porém, a frescura do novo compacto da Škoda oferece-lhe a proeza de ser, num ou noutro pormenor, superior ao seu mais oneroso irmão - como se verifica no silêncio vivido a bordo, onde, a 130 Km/h, o Rapid registou níveis de ruído limitados a 68.1 dB, contra os 69.2 dB do Octavia [estando ambos os automóveis equipados com motores 1.6 TDI] -, o que não deixa de ser notável. Porém, no cômputo geral e omitindo aqui as parcelas dos custos de aquisição e manutenção, o Octavia sai vencedor.
Contudo, esta apreciação remete-nos para um tema particularmente sensível: justificará a diferença de preços entre ambas as gamas a superioridade qualitativa evidenciada pelo Octavia ou, pelo contrário, aconselhar-nos-á à aquisição do novo compacto - cujo equilíbrio geral não fica assim tão distante do seu irmão mais velho? Esta é uma questão a que só se poderá responder devidamente quando forem conhecidos os preços do novo automóvel - cujo anúncio está previsto para o Salão de Paris. Porém, com a apresentação do Octavia III agendada já para novembro, e o seu lançamento comercial apontado para o início de 2013, é muito natural que se verifique uma definitiva clarificação de águas, pelo que a disputa interna ficará remetida às preferências pessoais e à bolsa de cada um. Para já, o que parece certo é que o Rapid é mesmo um automóvel extraordinário, ao ponto de poder ser comparado - sem quaisquer complexos de inferioridade - com o icónico e multi-premiado Octavia, que 'joga' no segmento acima. E isto, por si só, é obra!
Mais informações em: www.auto.idnes.cz
[foto: Lukas Prochazka / MF Dnes | extraída de: www.auto.idnes.cz]
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