sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Fim da Especulação

Em Abril de 2011 a Skoda Auto comemorará os vinte anos de integração no Grupo Volkswagen – uma pequena mas muito significativa migalha na sua história secular.

Muito se tem falado do papel dado à marca checa no interior do Grupo VAG e, ultimamente, da 'urticária' que a acumulação de sucessos que o maior construtor da Europa Central tem infligido ao responsável máximo do consórcio, levando-o simultaneamente, não só a proferir uma série de declarações dissonantes, como, posteriormente, a obrigá-lo a ter que se retratar desses mesmos desvarios, perante os colaboradores directos da marca de Mladá Boleslav. Infelizmente, a estas últimas declarações não tem sido dado o merecido destaque, sobretudo tendo em conta que visam por cobro aos danos causados à marca pelos referidos excessos verbais.

É certo que as diversas marcas do Grupo terão que procurar uma maior diferenciação entre si, de forma a minimizar-se a canibalização entre construtores, mas isso é algo para o qual a Skoda foi pioneira a contribuir – primeiro do ponto de vista técnico [o Roomster, o Yeti e o Superb são exemplos paradigmáticos das vantagens decorrentes de uma maior liberdade conceptual iniciada em Mladá Boleslav] e, em breve, também do ponto de vista estético – havendo indícios seguros de que os sucessores do Octavia e do Octavia Tour estarão na linha da frente de uma nova postura estilística para os automóveis da Seta Alada. Não foi por acaso que o novo e muito enérgico presidente da marca afirmou recentemente que «a era em que os Skoda eram Volkswagens baratos acabou».

Contudo, tal nunca poderá ser feito à custa de medidas acéfalas, como aquelas que amiúde vêm sendo erroneamente veículadas por alguma comunicação social estrangeira. O ruído gerado teve que ser já por diversas vezes oficialmente silenciado pelo Dr. Winfried Vahaland - Presidente da Skoda Auto -, para quem a qualidade, a precisão, o espaço, as inovações funcionais e o preço justo são motes incontornáveis do símbolo da Seta Alada. Ou seja, é natural que no futuro os Skodas sejam técnica, estética e dimensionalmente menos próximos dos seus congéneres de Grupo, face ao que sucede agora, mas tal nunca acontecerá em detrimento dos padrões qualitativos aplicáveis aos seus produtos. Antes pelo contrário - a complementaridade entre marcas VAG é que será incrementada.

Dito isto, e se mesmo as mais cristalinas afirmações de persecução de uma estratégia vencedora, consolidadas numa vintena de anos de ascendência aos píncaros da indústria generalista, não são o suficiente para acalmar os mais cépticos, poderemos sempre citar as mais recentes [e particularmente clarificadoras] declarações do presidente da Skoda Auto perante os sindicatos, como forma de tranquilizar os espirítos mais inquietos: «Temos que por cobro à especulação. A Skoda não será uma marca barata. A Skoda tem uma tradição de enorme know-how e de alta qualidade. Temos uma posição clara dentro da VW: nós fabricamos automóveis bonitos, funcionais e familiares, a um preço justo.»

Mais, fontes muito próximas da Fábrica confidenciaram ao semlimites quão risonho será o futuro que se avizinha, com particular destaque para a próxima geração Octavia – modelo central da marca checa que deverá chegar aos stands no início de 2012 e cujas virtudes são tidas como excepcionais. Desta feita já engalanado com o novo logótipo, onde a renovada imagem da Seta Alada reflectirá, de forma ainda mais brilhante, o sucesso imparável de um construtor nascido para vencer. Mesmo que isto possa causar muita 'azia' a algumas pessoas...

Mais informações em: aktualne.centrum.cz

[foto: A.J. Haverkamp © | extraída de http://www.flickr.com/]

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