quinta-feira, 3 de março de 2011

Esmiuçando o «Vision D»


























O protótipo «Vision D» incorpora elementos caraterísticos daquele que será o design Škoda no futuro, fazendo uma simbiose muito equilibrada entre aqueles que são os traços genéticos da marca, resultantes de mais de um século de evolução automóvel, e uma nova filosofia de clareza e depuração que transportam o construtor de Mladá Boleslav para uma nova e promissora fase da sua história.

Em termos de volume, a adoção de uma longa distância entre eixos e extremos curtos acaba por ser um ponto de partida para um espaço interior referencial - valor típico da marca - a que se junta agora uma linha de tejadilho mais dinâmica, resultando num automóvel com um forte impacto visual. Por seu turno, a integração fluída da porta traseira, em torno da qual figuram as óticas em forma de 'C', tão próprias do ADN da marca, reforça o caráter funcional e prático do automóvel, embora o desenho do conjunto resulte particularmente limpo, sem nunca perder um toque subtil de sofisticação.

A grelha frontal também evoluiu para um registo mais elegante, no qual pontuam alhetas mais delgadas, um acabamento negro brilhante e um aro exterior cromado mais fino. Tudo isto pontuado pelo novo logótipo - também ele mais charmoso e depurado - e que agora ganha autonomia face à grelha, que o contorna em vez de o envolver, como acontecera até aqui. Quanto às óticas dianteiras, a evolução passa por dois vetores principais: a depuração da forma, recuperando de alguma maneira o timbre pautado no Fabia I, e uma clara interação das luminárias principais com os faróis de nevoeiro, formando um conjunto constituído por 4 elementos indissociáveis, em termos de forma e dimensão.

De lado, a silhueta atlética do «Vision D» não esconde a robustez típica da marca, com o porte musculado da carroçaria a integrar-se de forma dócil com as superfícies vidradas. Daqui resulta uma nova evolução do pilar C, cujo recorte inferior é idêntico ao usado nas portas da frente, junto aos espelhos retrovisores. Deste modo, e no seu conjunto, o perfil do protótipo ganha particular relevância por força do jogo de luz e sombra resultante dos seus traços claros, firmes e bem definidos.

Por dentro, e para lá da referencial generosidade espacial, a elegância, a depuração e a funcionalidade continuam a ser a pedra de toque. Nota especial para o painel de bordo, para a beleza dos elementos de ventilação e para a criteriosa escolha de materiais. Por se tratar de um protótipo, os designers da Škoda deram-se ainda ao luxo de utilizar cristal da Boémia em frisos de portas e na consola central - uma referência inequívoca ao país de origem do automóvel.

No seu conjunto, o trabalho agora apresentado revela a valorização do design da marca através da depuração da forma e da concentração de esforços naqueles que são, efetivamente, os elementos definidores dos valores da Seta Alada. Tudo isto acompanhado por uma enorme atenção ao detalhe e um renovado enfoque na sutileza e na elegância. Parabéns a Jozef Kaban e à sua orgulhosa equipa.

[foto: Skoda Aiuto]

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