quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Rapid Chinês [E não só]

































































[fotos: www.auto.ifeng.com | extraídas de: www.auto.cz]

A importância que a gama Rapid tem na estratégia de expansão da Skoda é capital. Neste sentido, a preocupação que a marca tem demonstrado em adaptar o seu automóvel compacto às idiossincrasias de cada mercado é notável. A este propósito, e numa altura em que publicamos imagens da nova variante chinesa do modelo, comecemos por fazer uma pequena resenha do historial recente deste automóvel: 

Tudo começou no mercado indiano onde, com base técnica derivada do VW Vento e inspiração estética no Fabia, a marca de Mladá Boleslav desenvolveu a sua própria berlina compacta de 4 portas, dotando-a de predicados que fizeram do modelo um sucesso naquele país. Depois foi a vez da europa receber a sua própria interpretação do modelo, desta feita, incorporando um chassi desenvolvido 'em casa', a par com motores e transmissões mais eficientes, a que se associou a estreia de uma nova linguagem estilística, que muito favorece e valoriza os automóveis de Mladá Boleslav. Este novo Rapid, incorporando uma carroçaria de cinco portas, veio afrontar o bem estabelecido mercado dos compactos, apresentando-se como novo paradigma em termos de valor, espaço, praticabilidade, segurança e elegância, prevendo-se que a marca colha, por esta via, uma boa quota deste segmento capital. Porém, sabendo de antemão que na europa ocidental a apetência pelas carroçarias de 3 volumes tem vindo a decrescer [ao contrário do que sucede na europa central e de leste], a marca de Mladá Boleslav entendeu complementar a sua gama com uma nova variante, denominada SpaceBack, onde uma volumetria menos clássica e uma aparência estilística mais dinâmica deverão resultar em argumentos adicionais para a sempre crescente atratividade da marca. Segundo as projeções de alguns média especializados, estima-se que o Rapid Spaceback seja oficialmente apresentado ao público no Salão de Frankfurt, em setembro deste ano.

Entretanto, no mercado chinês - o que vende mais Skodas em todo o mundo -, a marca da Seta Alada deverá apresentar já em abril [no Salão de Xangai], um Rapid propositadamente desenvolvido para aquele país e que, esteticamente, está mais próximo da versão europeia do que da indiana. Porém, se na Índia a Skoda baseou a sua proposta numa base mecânica VW, no caso chinês sucede precisamente ao contrário: ou seja, foi o Rapid quem serviu de berço tecnológico a dois novos modelos que a casa de Wolfsburgo desenvolveu para o país da Grande Muralha - o Shanghai-Volkswagen Santana e o FAW-VW Jetta.

Mas, em concreto, o que muda no Rapid chinês face ao modelo europeu? Eis uma sinópse de diferenças que detetámos:
- A carroçaria será ligeiramente mais comprida [4.50 m em vez de 4.48 m] e mais alta [crescendo para 1.47 m, presume-se que fruto de um maior curso das suspensões, para vencer melhor as estradas degradadas do interior do país e incrementar o conforto];
- A distância entre eixos será incrementada uns milímetros e a versão base será 20 kg mais pesada que a sua congénere europeia;
- A grelha frontal será guarnecida com inserções cromadas nas alhetas, bem ao gosto dos clientes chineses;
- O recorte exterior das óticas traseiras será distinto, adaptando-se tanto à proposta checa, como às variantes alemãs, embora o formato alongado dos farolins dos VW não indicie este 'truque' destinado a conter os custos de produção das peças da carroçaria;
- A tampa da mala acolherá inscrições em língua chinesa, como acontece com todos os Skodas vendidos naquele país;
- O desenho do tabliê será específico e partilhado, nos seus traços essenciais, com as propostas da VW, embora seja munido com elementos exclusivos do construtor checo;
- Por fim, as motorizações adotadas serão atmosféricas a gasolina e incluem um 1.400 cm3 de cilindrada, que debitará 89 CV, e um 1.600 que atingirá os 109 Cv de potência máxima.

Deste modo, e com a entrada no mercado de todas as variantes Rapid projetadas, espera-se que o modelo venha a ser o segundo mais vendido de toda a gama Skoda [imediatamente a seguir ao Octavia], colhendo um previsível sucesso nos 4 cantos do mundo. Na Índia, onde o modelo se vende há mais tempo, os resultados são empolgantes. Na europa, a fase do arranque comercial está ainda em curso, havendo alguns mercados onde o automóvel nem sequer chegou, como é o caso português. Contudo, esta situação está prestes a inverter-se, pois o ritmo de produção entrou já em velocidade de cruzeiro. Em Portugal, por exemplo, o Rapid deverá chegar já em fevereiro. Está quase!




























[fotos: www.autohome.com.cn | extraídas de: www.carnewschine.cn]


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